Luanda – A província do Uíge produziu 743 toneladas de peixe da espécie Tilápia (cacusso), das mil e três toneladas produzidas em todo o país, de Janeiro a Outubro deste ano, anunciou hoje, em Luanda o director nacional da Aquicultura, António da Silva.
Pretende-se até ao final deste ano atingir uma quantidade de três mil toneladas, superando de longe as 655 toneladas produzidas em 2016, razão pela qual os directores provinciais das pescas reuniram-se hoje no encontro nacional de auscultação sobre a aquicultura.
Explicou que o encontro nacional de auscultação da aquicultura, realizado nesta terça-feira visou estabelecer as directrizes para o aumento da produção da tilápia, assim como melhorar a recolha dos dados estatísticos das espécies capturadas no país.
Para o chefe de departamento de pesca continental e aquicultura da província do Uíge, Nsuka Ndongala, o alcance desta cifra é resultado do empenho e trabalho dos aquicultores.
Em 2016, a província tinha 15 empresas que se dedicavam a actividade de aquicultura e uma produção de 286 toneladas. Este ano o número de empresas aumentou para 26.
Dos 476 tanques existentes na província, 266 foram responsáveis pela produção de 743 toneladas de Tilapia no Uíge.
Contrariamente à província do Uíge, Cuanza Sul baixou a produção para 21 toneladas de tilapia, contra 211 toneladas produzidas em 2016, por falta de financiamento, o custo elevado de ração, entre outros constrangimentos vividos pelos aquicultores nacionais.
No encontro, a ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros, afirmou que o sector vai apostar, nos próximos tempos, no fomento da produção interna de ração, investigação científica, formação de quadros e no incentivo ao investimento privado, para o desenvolvimento da aquicultura nacional.
O ministério vai se engajar também para fomentar e desenvolver uma aquicultura competitiva, económica e socialmente eficiente, que se traduzirá numa melhoria na geração de emprego e de renda para melhorar a vida dos cidadãos.
Afirmou que neste mandato os desafios estão virados a inovação e o desenvolvimento tecnológico e económico na área do mar, bem como a sua preservação.
“Queremos fomentar a maricultura, focar as possibilidades de inovação para produzir espécies marinhas com alto valor comercial no mercado nacional e internacional, como do camarão e algas com princípios activos capazes de despoletar a indústria de cosméticos, fármacos, entre outros produtos” afirmou.
Referiu que o esforço, além de desenvolver a aquicultura comercial e o fomento à pequena produção comunal, vai permitir também a produção de alimento de qualidade.
A nível mundial, a China, Índia, Vietname, Bangladesh e o Egipto (único país africano), são maiores aquicultores.
Via Angop
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