UNITA acusa governo provincial e MPLA de conflituosos 

Imagem: Jeremias Kaboco| WK: Félix Simão Lucas, Secretário Provincial da UNITA no Uíge e deputado à AN.

Por Alfredo Dkwiza/Jeremias Kaboco

Uíge, 10/03 (Wizi-Kongo) – A vinda do presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, à província do Uíge, em comemoração dos 55 anos da fundação do partido (13 de Março de 1966), já começou a criar instabilidades políticas na província do Uíge. Hoje, a UNITA, acusou o governo provincial e o partido MPLA de serem conflituosos, por não aceitar que os “maninhos” realizam o seu acto político na “praça da independência”.

Essa insatisfação foi frisada hoje, quarta-feira, pelo secretário provincial da UNITA no Uíge, Félix Simão Lucas, durante uma conferência de imprensa presenciada pelo Wizi-Kongo, onde esclareceu, para o acto do próximo sábado, deram entrada da carta ao governo provincial no dia 01 deste mês e, nesta terça-feira, na resposta, pelo espanto, como conta, foram surpreendidos com um documento que avançava de que o local será ocupado por vendedores de três mercados, mormente, Praça Grande, Dunga e Feira.

“Olhem só nesta questão: o documento da UNITA entra no governo provincial no dia 01/03 e o da administração municipal entra no governo provincial no dia 03/03, isto significa, que, o MPLA e o governo provincial estão com medo da vinda do presidente da UNITA nesta região e, estão esquecidos de que a praça da independência é um lugar público que colhe várias actividades e foi neste local que a UNITA solicitou para realizar a sua actividade no sentido de respeitar da melhor maneira o distanciamento físico de acordo as normais de combate a covid-19”, sustentou.

Depois desta resposta, continuou, a UNITA, foi manter um diálogo com às instâncias superiores do governo, que, por sua vez lhe foi esclarecido que o parque da independência é um lugar público e que pertence outros angolanos, mas este é um recurso antigo do governo provincial e do MPLA, a exemplo, fora já acontecido anos anteriores quando a UNITA solicitou o mesmo local, ouve impedimento para a realização da sua actividade.

“A UNITA desde sempre esteve preparada para os desafios do país. As descriminações que são práticas por membros do MPLA contra a UNITA, leva a UNITA afirmar que o MPLA não se encontra preparado para conviver entre irmãos em diferentes cores políticas. A vinda do presidente no Uíge é uma questão de muita satisfação, porque trará uma mensagem de conforto para a população local e não só, porque a população clama por mudança e a mudança é a UNITA com Adalberto Costa Júnior na presidência”, assegurou, o também deputado pelo círculo provincial da UNITA.

Como disse, chamaram atenção dizendo de que o local por ser público cabe para toda gente e além disso anda abandonado e que em vésperas da realização da actividade a UNITA iria limpar o local. Na verdade, argumentou, os “companheiros do MPLA” continuam com comportamento não favorável porque até agora não conseguem socializar-se na vivência de um estado democrático no sistema multipartidário.

“A princípio é que o nosso acto é nacional e é sabido a todos os momentos, mas estamos acompanhar a realização das suas actividades em dia de nossa actividade o que não é bom, por chocar e criar distúrbios, o que a UNITA não precisa disso, por ser um partido que respeita a democracia e, dai o apelo feito ao MPLA no sentido de evitar criar distúrbios contra a actividade da UNITA, já que a UNITA não irá admitir isso”, avisou.

Aquele político, conta: “vimos a reacção das vendedoras hoje, por não aceitarem deixar os seus locais onde possuem bancadas fixas e devidamente organizadas para irem ser colocadas num lugar onde não tem condições nenhumas e no ar livre, tiveram que manifestar-se frente a administração local, porque não forma antecipadas e muitos menos houve melhoramento do local onde foram obrigados a vender, mas isso demostra o desespero do MPLA por entender que aqui no Uíge, a UNITA encontra-se no top e este é o medo que eles possuem”.

Entre outras actividades, o partido do “galo negro” agendou a visita de cortesia ao governo provincial, ao bispo emérito Dom Francisco da Mata Mourisca, aos mercados e palestra com a sociedade civil.

 

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