Por Alfredo Dikwiza
Uíge, 10/09 (Wizi-Kongo) – A vinda a província do Uíge pela primeira vez, nas vestes de novo líder da única coligação política do país (CASA-CE), Manuel Fernandes, agita nos últimos dias às demais estruturas que compõem essa organização a nível da região, cuja chegada do mesmo no “Bago Vermelho” está prevista para este sábado (11/09), no município de Negage, 37 quilómetros da cidade capital local, proveniente da vizinha província de Malanje.
Com objectivo de constatar as estruturas intermédias, de base e da apreciação política da CASA-CE juntos da população, Manuel Fernandes, ao deslocar-se a província do Uíge, será recebido na vila de Negage e, posteriormente, reunir-se-á com as estruturas locais, estando, para sua estádia na região reservada para cinco (5) dias.
Nestes cinco dias, o presidente da CASA-CE, fará um digressão em alguns municípios locais, começando com Negage, Makela do Zombo, Damba, Uíge e Kitexe. Em cada localidade, entre outras actividades, manterá encontros com as autoridades locais, encontros com os seus membros, visitas, bem como interacção com as comunidades. Entre os encontros, um deles, será com o governador da província do Uíge, José Carvalho da Rocha.
Para o Secretário Executivo Provincial da CASA-CE no Uíge, Fonseca António, em entrevista exclusiva, hoje, sexta-feira, ao Wizi-Kongo, admite estarem com muito entusiasmo e em sentido caloroso na recepção do numero um da sua coligação, por ser a primeira vez que o mesmo visita a província, em vetes de presidente, para isso, encontram-se já criadas as condições a no seio dos membros de base ao alto escalão e, acredita-se fazer sentir a pulsação de maneira contagiante.
Assegurou que a CASA-CE na província do Uíge tem vida, a julgar pelo trabalho árduo que têm sido feito em várias esferas da coligação, concretamente, de base até ao topo e, nota-se uma união entre todas as forças políticas que compõem essa coligação, cujo objectivo é chegar às próximas eleições gerais de 2022 com resultados positivos.
Questionado sobre o que dirá ao seu superior hierárquico, Fonseca António, disse ter um domínio da situação socioeconómica e política da província do Uíge, pelo que, começará a informar da tremenda pobreza que assola as famílias da região, aliada a subida dos produtos da cesta básica, deixando as pessoas reféns de estômagos vazios e, por causa disso, acabam por contrair doenças que os leva à morte.
“Essa população, carece de tudo por um pouco, por exemplo, em termos da distribuição da energia eléctrica, Uíge, encontra-se muito mal, sendo que, dos 16 municípios que compõe a região, apenas quatro circunscrições municipais beneficiam deste bem, entre os quais, três da energia proveniente da barragem de Capanda, vizinha província de Malanje e a outra localidade consume a energia de uma central de energia renovável por meio de painéis solar, no caso, o Sanza Pombo, deixando a sua sorte os restantes 12 municípios”, lamentou.
Outrossim, admite, é a problemática do desemprego, do défice na distribuição da água potável, por conta disto, para ter-se a mínima noção, na cidade capital da província, várias famílias recorrem as cacimbas em busca do precioso líquido e, as cargas pluviométricas, elevam o contágio de doenças por essa via, uma vez que essa água, muita das vezes, acaba sendo impropria para o consumo humano.
E, diz, existirem muitos centros de saúdes construídos nas comunidades a nível da região, mas que boa parte dos mesmos, não funcionam por falta de técnicos de saúde e, junta-se, de dificuldade em dificuldades da região, a falta de vias de acesso que ligam as sedes municipais com as comunas e regedorias, o que dificulta o escoamento de produtos, bem como a livre circulação de bens e serviços.
O político fez saber que as estradas dos municípios dos Buengas, Milunga e de Kimbele é um caso sério, principalmente, das duas primeiras citadas e, com o aproximar da época chuvosa, o sofrimento de quem viaja para essas localidades é maior, seja quem for. E, acrescenta, pelo diálogo existente entre ele e o actual governador, demonstra que, o principal problema reside na falta de vontade das estruturas centrais, por serem eles quem comandam tudo.
Mas, sublinhou, “dizer que não se fez nada, seria uma hipocrisia por nossa parte e, sim, regista-se alguns avanços em certos sectores a nível da província do Uíge”.
A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), foi fundada a 3 de Abril de 2012, tendo participado nos dois últimos pleitos eleitorais 2012/2017, sendo no ano da sua estreia conseguido oito deputados e cinco anos depois, alcançou 16 deputados. Porém, teve como primeiro presidente Abel Epalanga Chivukuvuku, seguido de André Mendes de Carvalho “Miau” e, actualmente, liderada pelo economista Manuel Fernandes. Fazem parte da CASA-SE os partidos PDP-ANA, PADDA-AP, PALMA, PPA, PNSA e BD, cujas cores dominantes são o amarelo e azul.
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